15 setembro, 2009

Nós somos as variáveis.

Daniel Faraday: Estudei física relativa minha vida toda.
DF: uma coisa era certa, não se pode mudar passado.
DF: Não tem como. O que aconteceu, aconteceu, certo?
DF: Mas então, finalmente entendi.
DF: Passei tanto tempo focado nas constantes, que me esqueci das variáveis.
DF: E sabe quais são as variáveis dessa nova equação, Jack?
Jack: Não. (rindo com ironia)
DF: Nós. Somos as variáveis.
DF: Pessoas.
DF: Procuramos motivos, fazemos escolhas, temos livre-arbítrio.
DF: Podemos mudar nosso destino.


Este é um trecho do centésimo episódio do seriado Lost, intitulado The Variable (14º da quinta temporada, aos 32m35s).
Acompanho esta série de televisão americana há 3 anos, ela é instigante. E tal passagem chamou minha atenção, ao ponto de querer compartilhá-la.
Um de seus personagens principais é um físico com conhecimento cientifico sobre as propriedades misteriosas da ilha, por nome de Daniel Faraday em uma de suas ultimas aparições ele tenta convencer um dos personagens cabeça da ilha (Jack) a possibilidade de alterar o futuro.

Ficção à parte, linkei o trecho com uma verdade de vida para mim.
Discordo severamente da pré-destinação. Se nascemos já destinado a alguma coisa, não faz sentido o discurso do livre-arbítrio. Se nosso futuro já está traçado não temos a liberdade de escolher, optar, fazer nossas escolhas (erradas ou não), afinal já está escrito. Se nosso amanhã já está projetado, não vale a pena viver, porque o que faço ou deixo de fazer não vai alterar nada o curso da minha vida.

Em minha opinião uma criança não nasce destinada a apanhar de um pai alcoólatra. Uma adolescente não nasce destinada a uma pratica de prostituição pra ajudar a renda familiar. Um pastor ladrão não nasce destinado a envergonhar sua igreja ao passar pelo xilindró. Um jovem rapaz não nasce destinado a morrer por imprudência alheia em seu ultimo período do curso superior de Medicina. Uma mãe não nasce destinada a sofrer um acidente aéreo deixando um filho recém nascido em casa.

Nós somos responsáveis pelo desenrolar da história, inclusive da nossa história. Os fatos ocorrem por decisões coerentes ou errôneas da nossa parte, e até mesmo de outros. As tragédias podem ser resultado de uma simples fatalidade.


_____ Thiago Gonçalves

Um comentário:

  1. "As tragédias podem ser resultado de uma simples fatalidade."...triste essa frase!Concordo com seu pensamento, mas não me sinto confortavel com ele apesar de acreditar nisso tbm...o que me conforta é que com os erros a gnt aprende, inclusive nas tragédias, que por mais serem tragédias, elas sempre acabam trazendo algo construtor e é assim que juntos vamos aprendendo a viver...q lindo isso!!rs =)
    Mto bom o blog!
    Bjin

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